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Algum dia direi: Não foi fácil, mas consegui

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Os sintomas das doenças inflamatórias intestinais (DII) – doença de Crohn e retocolite ulcerativa – podem variar de leves a severos. No meu caso posso dizer que tenho sorte, pois não sinto dores, somente diarréia com várias idas ao banheiro, aí sim tenho dor, mas local. Devido a quantidade de evacuações acabo desenvolvendo uma dolorosa hemorroida.
A doença de Crohn em mim segue a característica estenosante, não sinto dores quando isso acontece, mas percebo muito inchaço abdominal e falta de ar. A maior dor que senti foi quando houve perfuração do meu intestino, aí sim! Era uma dor insuportável, desmaiei.
Sempre senti dores musculares e nas articulações também, mas como fazia muitas atividades físicas, acreditava que era por algum excesso. Até que um dia uma dor no cotovelo bem chata, que me impedia de esticar meu braço me levou ao Ortopedista que só me passou fisioterapia, já que segundo ele, a única coisa que poderia me ajudar eram antiinflamatórios não esteroidais. Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) são uma classe de medicamentos perigosos para quem tem DII, pois podem piorar a crise ou desencadear uma crise.
Logo na mesma semana dessa “dor de cotovelo”, acordei um dia com o pescoço durinho, muito, muito dolorido. Associei as dores e levei essa situação ao meu médico que sugeriu um Reumatologista. Consulta realizada, exames solicitados e feitos, então a avaliação no retorno foi conclusiva. Espondiloartrite associada a doença de Crohn. Ok! Já sabia das tais manifestações extraintestinais, até tinha essa desconfiança que as minha dores eram por isso, mas sabe quando você quer fugir de doença? Só a doença de Crohn não bastava?
E lá vem o trabalho da aceitação…
Tenho total consciência que a minha experiência é muito leve em relação a de outros portadores de DII. Sei que cada um sabe da sua dor, mesmo assim, afirmo que tenho muita sorte com o curso que a doença de Crohn vem seguindo. Ouço e leio relatos de dores e dificuldades diversas. Os sintomas são os mais terríveis possíveis. Além da dor física, muitas vezes dói a alma. Muita dirréia, cólicas, fístulas, impossibilidade de levar uma vida normal, mater-se no emprego ou tentando concluir os estudos, amigos que se afastam, familiares que não entendem, a luta é muito pesada.
Hoje me encontro em remissão, desde 2013, mas tenho certeza que ainda não é a hora de dizer que eu consegui. As DII não têm cura e não sei até quando essa remissão vai durar, por enquanto digo que não foi fácil até aqui, mas eu estou conseguindo.

Algum dia direi: Não foi fácil, mas consegui.

 

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