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Ali Jawad é atleta paralímpico e tem doença de Crohn

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Durante as Olimpíadas Rio 2016 tivemos a oportunidade de acompanhar duas nadadoras com Doença Inflamatória Intestinal brilharem nas piscinas. Siobhan-Marie Connor e Kathleen Baker ganharam medalhas de prata contribuindo valiosamente para a conscientização da doença de Crohn e retocolite ulcerativa.


Aos 20 anos, Siobhan-Marie O’Connor tornou-se a primeira mulher britânica a ganhar uma medalha olímpica nos 200m medley, faltando 0,3 segundos para a medalha de ouro. Siobhan-Marie foi diagnosticado com retocolite ulcerativa depois de competir nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012. 

Ambas deram declarações sobre as suas experiências com a doença inflamatória intestinal para a Associação de Crohn e Colite do Reino Unido.


Siobhan- Marie O’Connor – 20 anos

“Eu fiquei preocupada quando comecei a sentir os sintomas, me sentia muito mal, mas não sabia o que era, então, quando recebi o diagnóstico me senti aliviada. Eu estava realmente fraca e tinha crises de fadiga. Eu estava fraca, mas não queria sentir pena de mim, porque se não fosse a doença poderia ser uma lesão ou qualquer outra coisa. Lidar com essas coisas faz parte do esporte profissional. Claro que não é o ideal… passei por um momento bastante difícil antes de conseguir ser diagnosticada. Olho para trás e não sei como nadei estando tão doente. Vejo minhas fotos com 10Kg a menos do que estou atualmente e lembro do cansaço enorme que sentia o tempo todo.”


Siobhan-Marie não foi a única atleta que superou os desafios da doença inflamatória intestinal nas Olimpíadas do Rio. A atleta americana Kathleen Baker também ganhou uma medalha de prata, completando os 100m costas em 58,75 segundos.


Kathleen Baker – 19 anos


Quatro semanas antes de vir para o Rio, Kathleen falou como é sua vida com a doença de Crohn:

“Com certeza já passei minha quota de adversidade. Acho que a doença me ajuda a gostar mais ainda do esporte pois sei que essa oportunidade pode ser tirada de mim a qualquer momento. Eu amo nadar mais do que tudo no mundo, e ser capaz de nadar nos Jogos Olímpicos – é uma sensação incrível. Espero que eu tenha inspirado muitas pessoas… Sinto que fui colocada aqui para isso. Eu nunca desisti dos meus sonhos. Espero que as pessoas também não desistam dos seus sonhos.” 





Agora estamos aguardando o início das Paralimpíadas Rio 2016 para acompanhar o paratleta de levantamento de peso Ali Jawad que também tem doença de Crohn.


Ali Jawad tem 27 anos, nasceu no Líbano, faz parte da equipe britânica de levantamento de peso, campeão mundial e europeu, com marca de 192Kg. Nasceu sem as duas pernas, foi diagnosticado com a doença de Crohn em 2009 e afirma que nada disso foi impedimento para realizar seu sonho esportivo. Sim, ele tem razão! 


Ali Jawad é um dos mais carismáticos e populares paratletas de levantamento de peso.


instagram.com/alijaawadpowerlifter


Seu talento para o levantamento de peso foi descoberto em 2005 quando ele tinha
apenas 16 anos. Na véspera da estreia Paralímpica em Pequim (2008), Ali sentiu-se mal, já em decorrência da doença de Crohn, e ainda assim competiu terminando em nono lugar.
Inicialmente ele achou que era intoxicação alimentar, mas o seu quadro foi piorando e em 2009 ele já havia perdido 25Kg, quando então, foi diagnosticado com a doença de Crohn.

“Eu estava muito doente. O médico me disse que não havia cura – que eu teria que viver com isso para o resto da minha vida. Ele me aconselhou a se aposentar. Na hora eu pensei: Não, eu tenho que provar o contrário.”

Em 2010, passou por uma cirurgia de emergência para retirada de parte do seu intestino:

“Minha vida estava em risco… e precisava de uma cirurgia de emergência para salvar minha vida. Durante uma operação de seis horas, eles removeram parte do meu intestino. Quando dei conta de que estava vivo, percebi que eu havia recebido uma nova chance. E eu não poderia deixar Londres 2012 passar sem ao menos dar o meu melhor. E foi isso que fiz.”

instagram.com/alijaawadpowerlifter

Depois de terminar em quarto lugar nas Paralimpíadas de Londres em 2012, continuou treinando pesado sendo recompensado com a sua primeira medalha de ouro e recorde mundial no Campeonato Asiático em Kuala Lumpur, seguido por outro ouro e recorde mundial no Campeonato do Comitê Paralímpico Internacional de 2014, em Dubai, levantamento de 190kg. Em 2015 ganhou outra medalha de ouro na categoria 65kg no Campeonato Europeu  de levantamento de peso em Eger, Hungria, garantindo sua seleção para o Time Britânico de Paratletas como como campeão mundial e campeão europeu.







instagram.com/alijaawadpowerlifter


Ali Jawad é realmente um cara muito carismático! 

Já venho seguindo sua trajetória pelo Instagram, alijawadpowerlifter,  com fotos sempre 
acompanhadas por comentários cheios de humor e motivadores.

Ele tem contribuido com a conscientização sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) 
como embaixador da Associação de Crohn e Colite do Reino Unido. 









No site Crohn’s andColitis UK você encontrará uma declaração de Ali sobre a importância de conhecer outras pessoas com DII para conversar e compartilhar as experiências.  Ali Jawad declara também que estará sempre contribuindo para conscientizar as agências de fomento da enorme necessidade de financiar as pesquisas, para que os portadores de DII possam viver seus sonhos independentemente da doença.


Às vésperas das Paralímpiadas, quatro paratletas britânicos, entre eles Ali Jawad, que vem ao Rio para a disputa dos jogos tiraram a roupa contra o estereótipo de pessoas com necessidades especiais. 

Além de Ali Jawad, participam da campanha da revista semanal britânica Sport Magazine a tenista Jordanne Whiley, o nadador Lewis Edwards e a velocista Bethy Woodward. Os paratletas foram clicados pelo fotógrafo Jon Enoch. 




“A ênfase no meu esporte é no movimento do corpo, e você precisa de toda a sua força. Não ter pernas significa que é duas vezes mais difícil, porque eu não tenho essa planta no chão (para apoiar e dar impulso). Meu núcleo de força tem que ser maior do que de uma pessoa média, e minha volta (com os braços) tem que ser realmente forte para suportar o peso. Minha melhor marca é 202 kg, quase três vezes e meia o meu peso corporal, de 58 kg . Se eu repetir isso no Rio, estarei perto de uma medalha” 


Atletas e Doenças Inflamatórias Intestinais é um assunto sempre presente aqui no Farmale, para quem não viu, compartilho aqui os links:
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